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Maria Quitéria de Jesus |
Introdução
Maria Quitéria de Jesus Medeiros nasceu em 27 de julho de 1792, na Bahia. Ela foi uma heroína brasileira que lutou na Guerra da Independência do Brasil contra as tropas portuguesas, que não aceitavam a separação do Brasil de Portugal. Ela se disfarçou de homem para se alistar no exército brasileiro e se tornou a primeira mulher a integrar uma unidade militar no Brasil, participou de várias batalhas, como a de Pirajá e a de Itaparica, e recebeu a Ordem Imperial do Cruzeiro do Sul pelo seu valor e patriotismo. Ela é considerada uma das mulheres mais importantes da história do Brasil e um símbolo da emancipação feminina.
A infância e a juventude de Maria Quitéria
Nascida na fazenda Serra da Agulha, na freguesia São José (hoje Feira de Santana), na Bahia. Era filha do fazendeiro português Gonçalo Alves Almeida e de Joana Maria de Jesus. Maria Quitéria não frequentou a escola e preferia caçar em vez de fazer os trabalhos domésticos. Com 10 anos, ficou órfã de mãe, tendo que assumir a casa e cuidar de seus dois irmãos. Seu pai casou-se pela segunda vez, mas logo ficou viúvo. Casou-se novamente e teve mais três filhos.
Maria Quitéria tinha o sonho de servir ao seu país e defender a sua liberdade. Porém, naquela época, as mulheres não podiam se alistar no exército. Por isso, ela decidiu se disfarçar de homem e usar o nome de seu irmão, José Maria Medeiros. Ela cortou o cabelo, vestiu roupas masculinas e se apresentou ao recrutamento do Batalhão dos Voluntários do Príncipe, em 1822.
A carreira militar de Maria Quitéria
Ao saber da fuga da filha, seu Gonçalo localizou a moça, que não queria de forma alguma abandonar as armas. O major José Antônio da Silva Castro não permitiu que ela fosse desligada, pois já era reconhecida pela disciplina militar e pela facilidade de manejar as armas. A pedido do pai, Maria Quitéria foi transferida para a infantaria, pois um fuzil era mais apropriado para uma mulher do que um canhão. Ela foi transferida para o batalhão denominado “Voluntários do Príncipe Dom Pedro”.
Ao adotar seu nome verdadeiro, Maria Quitéria acrescentou uma saia ao seu uniforme e seguiu com o batalhão para vários combates. Ela mostrou coragem, destreza e liderança, chegando a comandar um pelotão de fuzileiros. Ela também era hábil no manejo da espada e da baioneta.
Ela participou de várias batalhas importantes na Guerra da Independência do Brasil, como a de Pirajá, a de Itaparica e a de Camamu. Ela foi ferida duas vezes em combate, mas não desistiu de lutar pela sua pátria. Ela recebeu a admiração e o respeito dos seus companheiros e dos seus inimigos. Ela também chamou a atenção do imperador Dom Pedro I, que a condecorou com a Ordem Imperial do Cruzeiro do Sul, em 1823. Ela foi a primeira mulher a receber essa honraria e a integrar uma unidade militar no Brasil.
A vida pessoal de Maria Quitéria
Após o fim da guerra, Maria Quitéria voltou para a sua vida civil e se casou com um lavrador chamado Gabriel Pereira de Brito, com quem teve uma filha chamada Luísa Maria da Conceição. Ela viveu na fazenda de seu marido, em Feira de Santana, até a sua morte, em 21 de agosto de 1853.
Fora sepultada na Igreja Matriz de Santana, onde hoje há uma placa em sua homenagem. Ela também é lembrada em diversos monumentos, ruas, escolas e instituições que levam o seu nome e é considerada uma das mulheres mais importantes da história do Brasil.
Conclusão
Maria Quitéria foi uma mulher que rompeu as barreiras do seu tempo e se tornou uma heroína nacional. Ela lutou pela independência do Brasil com bravura e patriotismo, sendo reconhecida pelo imperador e pelo povo. Ela também abriu caminho para outras mulheres que quiseram seguir a carreira militar ou defender os seus ideais. Ela é um exemplo de coragem, determinação e honra para todos os brasileiros.
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